Sr. Fato | Dandy ou Clássico, qual a diferença?

Dandy ou Clássico

Boas rapazes, sabem que a busca pela quintessência do cavalheirismo moderno, leva homens tanto jovens como adultos a pesquisar pela internet formas de melhorarem o seu estilo como também a sua forma de viver a vida e ao procurarem por “estilo masculino” encontrarão, com toda a certeza, conceitos como o clássico e o dandy, mas o que será cada um?  Qual a sua diferença?

Podia perguntar a cada um de vocês, o que pensam quando compram as vossas roupas, em quem se inspiram para afirmar o vosso estilo, tenho ideia que muitos de vós, nem nunca pensou muito sobre este assunto. Portanto, se vos perguntasse se são homens clássicos ou dandies qual seria a vossa resposta?

Não fiquem a pensar que têm de viver a vossa vida consoante conceitos pré-definidos, digo-vos que um cavalheiro, não se deve rotular com nenhuma destas formas de estar, mas pode saber que o é! Normalmente quem atribui um conceito de estilo a alguém é outra pessoa que não a própria. São os outros que “julgam” a nossa forma de vestir e viver, e por mais que digamos que só nos vestimos e agimos de maneira x para nós próprios, é mentira. Todos sabemos que lá no fundo gostamos de receber um elogio e influenciar outras pessoas com a nossa forma de estar.

O Homem Clássico

Um cavalheiro de estilo clássico não segue modas, tem por filosofia, uma herança que vem da história. Usa aquilo que sempre se usou, acompanhando as tendências que um cavalheiro moderno deve seguir para não parecer demasiado “old fashioned” (e não estou a falar do cocktail). O seu espírito é de tradição e não de vanguarda e a sua educação é irrepreensível.

O homem clássico é mais austero e não procura muita inovação, podemos observar isso nas suas indumentárias, fato clássico, cores mais fechadas e sem grande destaque. Dentro deste estilo clássico podemos aprender as bases, os pilares de onde se pode partir para a extravagância, é como uma primeira fase do que um homem pode ser.

Associamos este estilo a homens com empregos na área da política, gestão, economia, finanças, justiça, mas não se deixem enganar, porque por vezes o ser “homem clássico” não implica ter estilo, mas apenas vestir aquilo que todos os outros (nessas áreas) vestem.

Em Portugal, temos uma pouca percentagem de homens clássicos que realmente ligam ao seu estilo, usando fatos, gravatas e sapatos que devem muito à beleza do que existe, mas que na verdade só precisam de um bom guia para que isso mude. Já sabem que podem sempre seguir o @senhorfato!

Dandy

 O Dandy pode estar em qualquer estilo de vida ou em qualquer estilo de indumentária. Ser dandy é uma forma de estar e de pensar e tem uma história que nasce com Beau Brummell, o jovem que se ligou à aristocracia para ganhar nome e fama. Beau, ficou amigo do Príncipe de Gales, futuro rei de Inglaterra, George IV, que o teve sempre em grande estima e levou-o a conhecer altos nomes da corte e da aristocracia britânica. Todos ficaram rendidos ao seu estilo e elegância, começaram a criar em seu torno a lenda de um verdadeiro gentleman. Beau Brummell era o dandy por excelência, mas com diferenças do que hoje chamamos dandy. No que podemos comparar um dandy de hoje com Brummell? Pois bem, a grande comparação está na diferenciação da forma como se vestem e agem e as diferenças passam pela vivência na época dos froufrous em que todos eram muito excêntricos, e Beau destacava-se pela sobriedade, usava roupas mais escuras que lhe conferiam mais elegância com corte personalizado e botas muito engraxadas que brilhavam onde quer que fosse, daí que Brummell tenha sido um precursor do fato moderno.

Portanto o dandy de hoje, ao contrário de Beau que era mais conservador, é um adepto das cores e da irreverência, é de tal forma alguém mais ousado, que não tem medo de arriscar e não define regras para se ser homem, há quem o chame de pavão, por se querer mostrar demasiado, mas acho que é só uma forma depreciativa de colocar alguém que até nos pode inspirar numa situação desfavorável.  Arrisco a dizer que o verdadeiro dandy procura na sua forma de se apresentar, criar o seu estilo único, personalizado, sem olhar a ideias pré-concebidas sobre o que é ser dandy e isto dá-lhe a liberdade de se colocar na linha da frente e ser um trendsetter, tal como Beau Brummell o fez anteriormente.

 Tal como o homem clássico não se rotula a si mesmo, por isso cabe a nós definirmos dentro dos nossos juízos colocar ou não o cavalheiro dentro do estilo dandy.

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