O famoso whisky James Martin’s está de volta

Passaram-se anos a envelhecer em barris para atingir a perfeição. O resultado é um whisky suave e generoso de 32 anos, que reaviva o famoso sabor de James Martin’s com uma nova intensidade. Valeu a pena toda a espera, posso agora dizer-vos.

Esta é uma edição limitada de 32 anos do famoso blended escocês, tão rara que está à venda em exclusivo em Portugal. Falamos de uma garrafa com o custo próximo dos 400€ e está disponível em garrafeiras bastantes seleccionadas.

Lançada em 1878, a James Martin & Co. estava determinada a criar whisky da mais alta qualidade e rapidamente alcançou o estatuto de whiskies premium. O fundador, James “Sparry” Martin, acreditava que era importante envelhecer o blended whisky de malte durante, pelo menos, 10 anos para alcançar um sabor mais suave, apesar de a lei dizer que, um whisky escocês, pode ser vendido após apenas três anos de envelhecimento.

A insistência na qualidade fez com que se tornasse num blended whisky reconhecido e respeitado em todo o mundo. A James Martin’s forneceu a Casa Real Britânica no início do século XIX – período no qual se tornou o preferido de Eduardo VII – e foi servido e apreciado em cruzeiros de luxo como o Queen Mary e o Queen Elizabeth, após a Segunda Guerra Mundial.
No passado dia 30 de novembro, fez-se a apresentação ao longo de um jantar de prova – deixo-vos algumas fotos. Como vos digo em cima, estes anos todos de espera valeram a pena. Ao longo da prova, este demonstrou ter a suavidade característica da sua maturidade mas aqui vos deixo a nota de prova partilhada pela James Martin’s.

 

Disponível para compra aqui.

James Martin’s 32 Years Old com 43% teor alcoólico

Cor

Âmbar profundo com destaque tawny

Nariz

Aroma cheio e arredondado, com muitos toffees cremosos, açúcar amarelo, notas de vinho Marsala, uma sugestão de carne de porco salgada, delicadas laranjas e tangerinas, e um ínfimo toque mineral, áspero e ligeiramente sulfuroso. Com um salpico de água, há uma explosão de notas florais, como cravos frescos e depois um pouco de massa de pão salgada.

Sabor

Sensação encantadora, suave, doce e calmante no paladar, que leva imediatamente a uma memória de pudim de caramelo – melaço, tâmaras, açúcar mascavado – e à mais suave das especiarias, como noz-moscada e canela. Há uma permanente nota cítrica, como o óleo de laranja, com algumas amêndoas revestidas de açúcar.

Final de boca

Longo, carvalho e doce, com a mais ligeira sugestão de anis.

Tiago Froufe Costa