Numa semana em que temos de continuar fechados, Rui Pedro Tendinha está feliz com a série da Marvel, WandaVision, mas aprova também O Tigre Branco, cinema da Netflix com ironia negra.
WandaVision – Marvel (Disney +)
A ousadia desta série onde cada episódio tem a duração das sitcoms tradicionais, os familiares 30 minutos, começa por nos apresentar os super-heróis como um casal clássico que se muda para os subúrbios, neste caso um “paraíso” do sonho americano chamado Westview. Mas WandaVision não tem zona de conforto para o espetador, estamos sempre a perceber que tudo é o que não parece.
Nunca a ficção televisiva foi tão experimental, nunca a Marvel “puxou tanto o envelope”. E o que dizer do gozo com que Paul Bettany se atira ao papel?
O Tigre Branco – Raman Bahrani (Netflix)
Realizado pelo cineasta norte-americano de origem iraniana Raman Bahrani, The White Tiger acompanha a transformação de Balram, um jovem provinciano que se torna motorista do filho do mafioso que controla a sua região.
Mistura entre comédia e filme de gangsters, O Tigre Branco é um relato inteligente sobre uma nova “indian way of live”.
Muito recomendável como conto de caução moral.