Um filme com toques de videoclipe e um documentário duríssimo sobre a culpa alemã. Cinema para sentir, cinema para refletir. O desconfinamento tem destas coisas…
Ema
de Pablo Larraín (Filmin)
Uma dançarina em Valparaíso no Chile, algures entre a fossa amorosa e a explosão sexual. O novo filme do chileno Larraín é um convite para mergulharmos no coração da intimidade feminina. Mas é também um delicado retrato de uma mulher que falha uma adoção.
Selecionado pelo Festival de Veneza, Ema vai agradar a quem é fã do reggaeton e morre de amores por musicais existencialistas. Convém entrar com cautela num filme que chega agora ao Home Cinema e que em breve tem estreia no grande ecrã.
UMA VIDA ALEMÃ
de Christian Krönes, Florian Weigensamer, Roland Schrotthofer, Olaf S. Müller- Cinema Ideal (a partir de dia 1)
Pode não ser uma proposta solar de regresso aos cinemas, mas este documentário é quase uma obrigação cívica. Numa altura em que se comemora os 75 anos do final da Segunda Guerra Mundial, este filme-entrevista toca em questões essenciais para se perceber o mind-set dos alemães no período da ascensão do nazismo. Tem as imagens mais chocantes que já se viram sobre campos de concentração, mas o que marca são as rugas e as palavras desta senhora centenária que clama inocência e culpa. Chama-se Brunhilde Pomsel e foi estenógrafa do terrível Goebbels.