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3 filmes para descobrir em casa em tempos de reclusão:

Rapaziada, tudo firme por aí? Temos todos os dias procurado ideias fixes para vos trazer para esta quarentena. Achamos que um bom filme é sempre uma boa ideia e, por isso mesmo, juntámo-nos ao cinéfilo e connoisseur da sétima arte Rui Tendinha, do blogue amigo Cinetendinha.pt, para vos trazermos as melhores sugestões de filmes para passar o tempo. Querem ver as primeiras sugestões? Ora espreitem.

O Bar Luva Dourada

(videoclubes das operadoras) de Fatih Akin

Estamos todos fartinhos dos “serial killers” americanos? Que tal um alemão desdentado, estúpido, mal-cheiroso e depravado da Hamburgo dos anos 70?! Pois bem, em O Bar Luva Dourada, o cineasta turco-germânico Fatih Akin apresenta-nos Fritz Honka, criminoso real que matou prostitutas e as desmembrou, guardando durante anos os seus membros no apartamento. Realizado sem paninhos quentes e com um humor grotesco, Akin convoca os nossos piores pavores e embrulha-os num espetáculo demente que o próprio apelidou de “doentio”.

Pequenas Mentiras Entre Amigos 2

(TVCINE Emotion) de Guillaume Canet

Há uns anos o cineasta e galã Guillaume Canet pegou na mulher, a imperial Marion Cotillard, e em amigos famosos e fez um filme sobre amigos, uma espécie de Os Amigos de Alex, onde uma série de quarentões se juntava após o acidente fatal de um deles. Agora, reencontram-se e esta sequela surpreende: leva o humor drástico a um extremo em que é impossível não nos revermos. Crónica sobre divórcios, amores frustrados e amizades à prova de bala, Nous Finirons Ensemble é prova avulso que o cinema francês ainda é capaz de nos dar bons filmes “maisntream”…

Parasitas (Filmin)

de Bong joon-ho

O filme vencedor dos Óscares já chegou à plataforma portuguesa Filmin. Esta sensação coreana talvez seja perfeita para ser visionada em pleno Estado de Emergência, nomeadamente por se passar maioritariamente num apartamento imaginado pelo próprio cineasta oscarizado.

O filme é um sofisticado thriller cheio de reviravoltas sobre uma visionária luta de classes, em que uma família de classe baixa instala-se literalmente numa casa de uma família de classe alta.

Bong joon-ho subverte os predicados do “filme-de-golpe” e dá-lhe o seu habitual toque de angústia, mesmo quando nunca abdica de um humor “filho da mãe”.

Parasitas ganha ainda muito mais quando o revemos. Mereceu a Palma de Ouro, mereceu o estardalhaço que causou nos Óscares. Decididamente, não é um caso de “media hype”.