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A série baseada na investigação Lava-Jato está a dar que falar no Brasil. O realizador José Padilla, criador de Tropa de Elite e de Narcos, tem sido acusado de distorcer factos e de alterar acontecimentos que tiveram grande impacto na sociedade brasileira. A série narra a operação Lava-Jato entre o período de 2003 a 2015, centrando-se na actuação de dois agentes da Polícia Federal que descobrem um esquema de lavagem de dinheiro que se revela muito maior do que inicialmente imaginaram. As personagens da série são baseadas em figuras públicas da sociedade brasileira: Dilma Rousseff é Janete Ruscov, Samuel Thames é o actual presidente Michel Temer e Lula da Silva aparece como João Higino.
Ao longo dos episódios, os polícias imergem-se na ponta do icebergue do esquema de corrupção até que chegam a importantes figuras políticas brasileiras. Um dos personagens da série, o agente Ruffo, sofre de bipolaridade e vive obcecado com tentar travar este esquema de corrupção que descreve como “um cancro”. Após o Netflix estrear a série em Março de 2018, tem havido várias reacções um pouco por todo o país. Dilma Rousseff pronunciou-se, escrevendo no seu site que a série não passava de uma mentira. Já nas redes sociais, surgiu o hashtag #CancelaNetflix como resposta às críticas de que a série não correspondia à realidade e que estava a mostrar à população brasileira coisas distorcidas e que poderia ter consequências futuras muito graves.
Politiquices à parte, uma coisa é certa, a série está boa demais. O espectador deverá, contudo, ser alertado para o facto que os acontecimentos narrados são dramatizados, podendo por vezes não corresponder à realidade.