Escolhas tecnológicas para viagens com poucas malas
Às vezes nem temos noção de como necessitamos de poucas coisas para viajar. De como levar vários tipos de objetos que fazem a mesmíssima coisa acaba por criar uma certa exaustão tecnológica e é preferível utilizar apenas uma que faz tudo. Pelo menos é o que acontece comigo e é o que tento fazer quando viajo. E foi a minha opção na nossa viagem de Moledo a Vila Real de Santo António. Um só smartphone para tudo: fotos para livro e redes, GPS, mapas, comunicações. Bom, é verdade que tive de mudar de mota algures no percurso. Mas foi por culpa minha. O tamanho das malas é que encolheu.
Um dos dramas de viajar é arranjar espaço para tanta tralha que subitamente parece ser indispensável levar. Quando se parte de mota tem mesmo que fazer opções. Não dá para levar tudo. Dá para levar calções de banho mas não dá para levar toalha. Dá para levar um par de ténis amolgados mas não dá para sapatos. E por aí adiante. O que não foi preciso, foi escolher entre levar máquina fotográfica ou e qualquer coisa. A máquina ficou em casa sem problema. E convenhamos. Não levar máquina, baterias, carregador é uma grande ganho de espaço e comodidade. Sendo que o resultado é surpreendente com o P10.
A única maneira de continuar o caminho é não deixar que o olhar se canse. É em cada lugar procurar o que espanta, o que é diferente e não achar que tudo é igual, saber que há sempre algo que se que se salienta. E não esquecer que o que o banal é o filtro que é nosso olhar projeta sobre as coisa e não as coisas que se deparam sobre nós. O problema raramente é capacidade da realidade em nos espantar. Nem a tecnologia que a fotografa. Será o nosso olhar que perdeu o brilho de a captar. A nossa viagem, acho, foi um constante ato de deslumbramento.. A tecnologia ajudou muito. Esperamos ser capazes de estar à altura de contar como foi.
Luís Pedro Nunes
Com Huawei P 10 plus