No Porto, em trabalho | Onde ficar e o que fazer?

Uma vez mais, o Porto recebeu-nos de braços abertos. Para os Bons Rapazes, esta já começa a ser uma segunda casa. É verdade que, como já vem sendo hábito, voltámos por motivos de trabalho. Mas houve tempo para tudo. Já sabem como é: trabalho é trabalho, vinho do Porto é vinho do Porto. Já lá vamos…

A mala com a roupa já quase não vive sem a companhia da mala com o portátil. Quando viajamos, dê lá por onde der, o trabalho arranja sempre maneira de vir atrás. Mas, ainda bem que assim é. É tudo uma questão de gerir prioridades. A prioridade, quando chegámos, era mesmo descansar as pernas, ao mesmo tempo que se punha a escrita em dia. A escolha pareceu-nos relativamente fácil: Crowne Plaza Porto. Parte do InterContinental Hotels Group (IHG®), os hotéis Crowne Plaza são ideais para os especialistas em ‘visitas de médico’, como nós, que nem médicos somos. O lema é basicamente um: oferecer as melhores condições para se trabalhar e, em simultâneo, as melhores condições para se descansar do trabalho. Gastar energias versus recuperar energias, um duelo tão interessante como o que estes dois tiveram para escolher quem ficava com o melhor quarto. Adivinhem!

Para aqueles que anda com o trabalho às costas, o Crowne Plaza tem umas quantas na manga. Primeiro, um Business & Fitness Centre, aberto 24h por dia, com todas as ferramentas necessárias para trabalhar – uma excelente conectividade e um espaço flexível que estimula quer a produtividade individual, quer o trabalho em equipa – e exercitar o corpo/mente. Depois, há o programa Sleep Advantage®. Ui, é que nem vos contamos. Estão a ver aquela noite de sono, ainda que com poucas horas, mesmo bem dormida? É isso, mas com um ligeiro upgrade: camas super confortáveis, roupa de cama premium, aromoterapia (oh yeah!) e serviço de acordar garantido, que dá sempre um jeitão para quem fez o shut down já para lá das 2h. Não há dúvidas de que o descanso é um dos segredos para a produtividade. Não há café que pague isso! E outro dos segredos é a alimentação. Quanto a isso, coloquem as vossas esperanças todas nos 300 metros quadrados do terraço do hotel. É lá que está plantada a variadíssima horta urbana, onde o restaurante Poivron Rouge, do hotel, vai buscar os ingredientes frescos para os seus pratos saudáveis.

 

Para uma estadia mesmo em cheio, sugerimos que escolham os quartos que dão acesso ao Club Lounge. Parecendo que não, faz uma enorme diferença termos um espaço exclusivo para reuniões, com direito a um copo de vinho do Porto logo à entrada, e snacks durante o dia, que é para não desfalecermos. Além disso, chamem-nos old fashioned à vontade, mas sabe sempre bem receber o jornal do dia (local ou internacional) no quarto.

Bom, mas no meio de tanto business e repouso, também há que reservar algum espaço para o entretenimento. Felizmente, nisso, o Porto tem muito para oferecer. Nós avisámos: trabalho é trabalho, vinho do Porto é vinho do Porto. Temos 5 sugestões para um bom after-work na Invicta, uma para cada dia da semana. Acrescentem estes à vossa rota do copo ao fim da tarde.

Fé Wine & Club

Pouco importa se são agnósticos ou não. O Fé é spot de paragem obrigatória. São dois pisos: um com wine bar, na companhia de belíssimas tapas e montaditos; e outro, abaixo, com um club bem moderno e ambiente sofisticado, para um pézinho de dança. Basicamente, é aparecer por volta das 18h30 para desfrutar de um bom vinho (são mais de 50 marcas) e picar qualquer coisa, e prolongar a estadia ao som de boa música. Certamente, não vão ficar indiferentes às 10 toneladas de livros espalhados pelas paredes. Um pequeno grande pormenor com assinatura do designer Paulo Lobo. Fica na Praça D. Filipa de Lencastre.

Guindalense 

Outro clube. Mas este não é nocturno. Nem para dançar. É mesmo da bola. O Guindalense Futebol Clube foi fundado em 1976. Hoje em dia, as modalidades já não existem, mas a colectividade sobreviveu. Quem lá passa e não sobe, não sabe o que perde. É que, cá de baixo, não se tem noção da esplanada incrível que o número 43 esconde. Cais de Gaia e Serra do Pilar em grande plano, enquanto se despacham uns finos a 1€. O lucro da esplanada é direccionado para actividades culturais que o próprio clube promove (todas gratuitas). Afinal de contas, o mui nobre Porto também vive deste sentimento mais bairrista.

Prégar

Quando, no escritório, as coisas já não estão a correr de feição, o melhor é ir pregar para outra freguesia. Porque não, a mítica Ribeira do Porto? Largo de São Domingos. Vão dar de caras com a Prégar, uma pregaria com boa carne do lombo. A oferta é vasta, mas aconselhamos vivamente o prego “Serra”: queijinho que parece manteiga sobre o lombo de novilho. A especialidade são os pregos, mas pode-se Prégar a qualquer hora do dia, nem que seja só para explorar a carta de cocktails. Fun fact: era aqui que existia o antigo talho real, que servia a melhor carne da cidade à realeza, quando estava de visita. Ainda está lá o vestígio do Escudo Português. Outro espaço da autoria de Paulo Lobo.

Caves Graham’s

A Graham’s foi uma das primeiras empresas de vinho do Porto a investir em vinhas próprias no Vale do Douro, em 1890. Actualmente, as caves albergam mais de 2000 pipas (cascos de carvalho) e 40 balseiros e toneis com Porto a envelhecer. Algumas curiosidades no meio de tantas outras que poderão descobrir numa recomendável visita à Graham’s Port Lodge, que fica na outra margem do rio. Claro que a visita tem de incluir uma paragem (prolongada, de preferência) na Tasting Room. A vista do centro histórico e da Ponte D. Luís também valem muito a pena. Ah, e podem sempre ficar para jantar.

 

Base

Um dos sítios mais badalados do Porto por esta altura, especialmente durante o Verão. Não é difícil de perceber porquê. Não é todos os dias que se encontra uma esplanada num terraço que, de um lado, tem a Torre dos Clérigos, e do outro, a Livraria Lello. Há a esplanada convencional, com mesas e cadeiras, mas também há um tapete verde (relva) para quem se quiser deitar a apanhar sol – ou, por esta altura, a ver estrelas. Os cocktails vão lá ter connosco pelas mãos dos empregados de mesa (?). Concertos, cinema ao ar livre, actividades desportivas… Querem mais o quê?