Às vezes, temos a mania que sabemos mais que os mais velhos só porque manuseamos tudo o que é tecnologia como ninguém, e esquecemo-nos que também temos muito a aprender com eles. A verdade é que o ser moderno nem sempre quer dizer que seja melhor que o que ficou para trás. A moda, tal como a história, é cíclica. Desses ciclos, retiramos coisas más, mas também algumas positivas. De certeza que já passaram algumas tardes a folhear álbuns de família a preto-e-branco. E de certeza que hão de ter reparado que os vossos avôs (ou tios-avôs) estavam sempre todos aprumados, fosse qual fosse a circunstância. Hoje em dia, as mulheres passam a vida a dizer que já não se fazem homens como antigamente. Estamos aqui para contrariar isso, com estas 7 dicas que “roubámos” aos pais dos nossos pais.

1 – Usar sempre a camisa bem engomada – Embora estas dicas não tenham uma ordem específica de importância, é bom vincarmos que esta é prioritária. O que não é bom vincarmos é precisamente a camisa. E não, não é suficiente esticá-la com as nossas próprias mãos ou pô-la debaixo de uma pilha de livros durante a noite. Digam-nos um único avô que tenham visto com uma camisa que foi atropelada por um tractor. Exacto, não há! O principal ensinamento a retirar daqui é: disciplina. Vá lá, não usem o Youtube para ver só vídeos de gatinhos engraçados, vejam tutoriais como este.

2 – Manter os sapatos engraxados – É verdade que hoje em dia já não encontramos um engraxador ao virar da esquina, como era antigamente. Se não encontrarem um (que seria o ideal), o que não falta aí são produtos para tratarem disso por vossa conta lá em casa. O importante é que os sapatos aparentem sempre ter acabado de sair da prateleira da loja, e engraxá-los sai de certeza mais barato do que comprar uns novos todas as semanas. Como diz a Rihanna, «Shine bright like a diamond».

3 – Keep it simple – Ponto número um: vamos lá a abdicar do supérfluo e optar pela descrição. Não queremos dizer com isto que não haja lugar para acessórios, por exemplo. Mas, quanto a coisas a brilhar, o melhor é ficarmo-nos só pelos sapatos, para não cegarmos quem passa. Entre a extravagância e o desleixe, há um meio termo chamado simplicidade. É aí que queremos estar. Quando a indecisão bater à porta, nada melhor que recorrer à clássica t-shirt branca, que funciona com tudo.

4 – Tornar as idas ao barbeiro numa rotina – O ideal é que o façamos duas vezes por mês, mas a periodicidade pode variar consoante as necessidades de cada um. Até porque, não se trata apenas de uma questão de grooming. É que, naquela altura, os barbeiros eram também uma espécie de confessionário e o sentar na cadeira, com a cabeça inclinada para trás e as pernas esticadas, tinha também um efeito terapêutico. Por outro lado, convém que cabelo e barba tenham um ar saudável e cuidado, coisa que não acontece quando se passam meses sem os tratarmos.

5 – É preferível caprichar do que desleixar – No ponto nº3, falámos de simplicidade, mas deixámos claro que isso não significa que andemos todos desfraldados. Principalmente quando se trata de uma entrevista de emprego ou de um primeiro encontro, é melhor ir em modo overdressed do que semi-nu. Uma gravata, um laço ou mesmo um chapéu, não são, nem nunca serão cliché e, quando bem escolhidos, são a cereja no topo do bolo. Ah, e a camisa por dentro das calças, claro.

6 – Fugir a cores excêntricas – Uma palavra: neutro. É possível dar nas vistas (num bom sentido) só com tons básicos, como azuis, cinzentos, castanhos, pretos e brancos.

6 – Não sair de casa sem o precioso relógio – Não estamos a pedir-vos para se porem a usar relógios de bolso em pleno século XXI. Ok, até podem continuar a ver as horas pelo telemóvel, mas ter um relógio no pulso, mais do que uma necessidade, é um statement.

7 – Ler o jornal em locais públicos – Ok, esta é mais um bónus do que outra coisa. Um jornal não é propriamente uma peça de roupa ou sequer um acessório, mas um homem bem informado é certamente um homem mais interessante (elas que agora estão a ler isto não nos deixam mentir). Afinal de contas, o que vestimos e usamos é um reflexo da nossa personalidade.