🕒 Tempo de Leitura | 1 min e 30 seg
Não se entusiasmem muito. Este não vai a leilão. Bom, pelo menos, não para já. Mas, se por acaso passarem por Londres no final deste mês (ou início de agosto), vão poder vê-lo ao vivo e a cores. Neste caso, cores é mesmo coisa que não vai faltar. John Lennon não gostava muito do tom “Valentine Black” com que vinha o seu Phantom V quando o comprou, a 3 junho de 1965. Por isso, decidiu, digamos, “personalizá-lo”. À custa disso, ainda hoje é um dos mais famosos carros britânicos, e vai regressar a casa (Londres) para uma exposição da Rolls-Royce.
Porquê? Duas razões. Primeiro, o álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos The Beatles, celebra 50 anos. Depois, a Rolls-Royce vai revelar a novíssima oitava geração do modelo Phantom, no final deste mês. Dois momentos destes pediam uma comemoração à altura. “Eight Great Phantoms” é o nome da exposição que a Rolls-Royce vai trazer à Bonhams, na New Bond Street, em Londres, de 29 de julho a 2 de agosto. Como é óbvio, o Phantom V que pertenceu a John Lennon é um dos 8 exemplares mais famosos deste modelo limo da marca britânica. Depois disso, foi parar às mãos do milionário Jim Pattison, que acabaria por doá-lo, em 1977, ao Royal British Columbia Museum, no Canadá, onde tem estado até agora. Pelo meio, John Lennon encomendou uma nova pintura, que, para alguns ingleses mais patrióticos, foi considerado quase como um ultraje. Aliás, houve quem chegasse mesmo a “atacar” o carro com um guarda-chuva. A pintura foi concluída precisamente dias antes do lançamento do álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, que já foi lançado há meio século. Para além da pintura psicadélica, Lennon trocou os bancos de trás por uma cama de casal, e instalou uma televisão, um telefone, um frigorífico e um leitor de vinil neste Phantom V.