Os escapes de fim de semana e o Norte. Terra de boa gente e de muito para descobrir. Aventurem-se pela região do Douro entre provas de vinhos e visitas gastronómicas que só vos vai fazer bem à alma. Mas não pensem que é só disto que trazem da região, há também história milenar e cultura a absorver no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa. E claro, mais um restaurante que devem experimentar, e sem sair do edifício do Museu.

Aqui vão encontrar um edifício em betão, com a cor e a textura do xisto, que compila a história de uma arte com mais de 20 mil anos.

Quando chegamos ao Museu é a arquitectura exterior que nos prende. Já antes distinguido na Alemanha e no Azerbeijão, em 2014 o Museu recebeu também o Prémio de Arquitectura do Douro, que procura promover boas práticas de construção no Património Mundial da Humanidade. O edifício junta dois patrimónios mundiais, o Douro Vinhateiro e o Vale do Côa, de uma tal forma que nos leva a crer que o Museu fez, desde sempre, parte da paisagem.

Os responsáveis pelo projecto foram os arquitectos Camilo Rebelo e Tiago Pimentel que construíram “um museu feito pela paisagem”.

“A ideia era fazer um miradouro, um espaço, um palco que permitisse chegar, ver o território, que é no fundo uma paisagem classificada duas vezes: o Alto Douro Vinhateiro e o Parque Arqueológico do Vale do Côa. A ideia era potenciar isso”

E potenciaram bem. Se, no exterior, a arquitectura enaltece a riqueza patrimonial que o Vale do Côa tem para oferecer, no interior os 26 km de arte do Côa mostram-nos mais de mil gravuras rupestres. Este é o maior sítio do mundo com a arte do paleolítico superior, que surge no momento em que nós, homo sapiens, entramos na Europa. A paragem aqui será, então, obrigatória.

No fim de semana passado estive por lá e como não consegui tirar fotos a tudo, temos aqui uma mistura das do José Paulo Ruas retiradas do site do Museu e as minhas.

TF