Rapazes, esta semana no A&D vamos até ao Japão para conhecer uma casa que aposta forte numa geometria arrojado. Vamos conhecer a casa Setoyama.
A arquitetura minimalista define-se por uma redução àquilo que é essencial — apostam-se nas formas simples e rejeita-se a maior parte dos elementos decorativos, para que a obra possa mostrar a sua verdadeira essência. Ora, posto isto, considerar Setoyama como um projeto minimalista pode parecer quase paradoxal — não há nada de simples nos ângulos arrojados presentes nesta construção. Contudo, este projeto não deixa de estar reduzido à simplicidade, ainda que seja uma simplicidade pontiaguda.
Resumidamente, este projeto do estúdio Moriya and Partners, localizado em Yawatano, no Japão, apesar de ter uma forma fora do normal, com ângulos fortes e declives ousados, não deixa de ser algo simples, sem extras desnecessários e sem imposições arquitetónicas onanísticas.
O cliente dirigiu-se ao estúdio com um pedido muito simples: queria uma casa onde desse para ver o oceano a partir da sala de estar. O resultado foi uma casa localizada no topo de uma encosta no meio da floresta, numa localização privilegiada junto ao mar.
Na Setoyama, o piso superior, com o formato triangular proeminente, alberga a sala de estar e a cozinha. Em baixo, na base de cimento que suporta a estrutura, está localizado o quarto.
Esta forma não foi ocasional. A forma distinta do edifício foi planeada para que Setoyama se misture com a natureza circundante. De certa forma, o telhado inclinado desta casa prolonga o declive natural da encosta onde a casa está construída.
Em termos de espaço a Setoyama não é a casa mais espaçosa de sempre. Contudo, o formato que podia ser claustrofóbico torna-se antes acolhedor. A vista para o mar e a floresta em seu redor aumentam esta sensação de conforto e relaxamento.
Imaginavam-se a viver aqui? Vejam as fotos: