Alguém Como Eu é uma história de amor inusitada entre um homem e uma mulher. Uma comédia romântica, com muito amor, muitos sorrisos e, também, com alguma lágrima. Uma comédia divertida que coloca o homem e a mulher num “lugar” muito característico e particular, sem nunca desvalorizar o papel de cada um nas relações pessoais e no que ao amor diz respeito.
Em Alguém Como Eu, retrata-se a “nossa” vida, a correria do dia-a-dia, as dúvidas, os medos, as relações que se desgastam com a monotonia. É preciso conversar sobre elas, estimulá-las, alimentá-las, regá-las todos os dia, para que proliferem e cresçam saudáveis.
O filme não é, tendencialmente, uma visão masculina do comportamento ou da mente feminina no seio das relações. Em Alguém Como Eu, não se retratam pontos de vista de um lado ou de outro, retratam-se pontos de vista de uma relação, de lugares comuns a todos nós. O filme também não é, nem pretende ser, uma luta de géneros, mas antes um retrato das vivências amorosas que todos experienciamos ao longo da vida.
Alguém Como Eu é um filme diferente de todos os que já fiz e tem a cereja no topo do bolo: uma mulher que aparece no meu corpo: quando Helena, se cansa da rotina de Alex, pede a Deus que lhe envie alguém como ela. Alguém que a compreenda, que a entenda. Na verdade, quando uma relação se deixa cair na rotina surge a pergunta: quem irá pensar mais nestas dúvidas? Homens ou mulheres? Todos, todos na verdade. Não é uma questão de género. No filme, como na vida, todos erramos. Temos que errar. A beleza dos sentidos não está em acertar sempre e sim em conseguir ser feliz com as nossas escolhas.
Ricardo Pereira