Da fábrica da Moto Guzzi em Mandello del Lario têm saído excelentes peças que comprovam o cuidado pela estética pelo qual os italianos são conhecidos. Já nos passou uma lindíssima V7 II Special pelas mãos, e temos agora o prazer de poder testar também este modelo da marca.
A v9 bobber saiu no primeiro semestre de 2016, apesar de já a conduzirmos há algum tempo, só agora e depois de cerca de 2.000km feitos, vimos aqui falar um pouco do modelo.
Esta delícia que vemos nas fotos, mantém o espírito retro que reconhecemos quase em qualquer modelo Moto Guzzi, sobressaindo o seu bonito motor em V que nos acompanha permanentemente no campo de visão da condução. Mota entre as pernas, depósito entre as pernas e motor a sair fora. Isto, num motor com uns 850cc que gasta cerca de 6lt aos 100km, numa condução moderada.
Apesar de não ser, na nossa opinião, mota para grandes velocidades devido à sua ciclística, este motor já se disponibiliza a comportamentos mais nervosos em cidade, responde e recupera muito bem em velocidades mais altas (e não falamos de km/h). Enquanto outras marcas optaram por trazer para os seus modelos clássicos o método de arrefecimento do motor por água, a V9, tal como a V7, mantém a tradicional fórmula de arrefecimento por ar nestes bicilindricos, o que esteticamente as faz ter um ar leve e despido de excessos.
Para este que vos escreve e que habitualmente conduz a já conhecida Lady Blue, mota que tem o básico dos básicos e mesmo alguns desses básicos lhe falta (vejam aqui), sinto que ter um computador de bordo com tanta informação nas mãos e uma entrada / saída usb é como ter descoberto que a chanfana é realmente boa quando já toda a gente já a conhece e sabe que é boa. E não sendo imprescindível na vida do homem, faz toda a diferença no final do dia.
A v9 existe em dois modelos, a bobber e a stormer. São diferentes esteticamente mas para que isso aconteça também a sua posição de condução altera: na bobber as pernas assumem uma posição de 90º, temos de nos posicionar mais atrás o que faz com que a mota curve com um movimento da zona mais baixa do corpo. O banco é curto e deixa pouco espaço para um segundo passageiro; o que até pode ser bom, temos uma óptima desculpa para quando queremos ir mais aconchegados. Vão por mim.
O que também é curioso na Moto Guzzi, e não queria deixar passar a oportunidade para vos falar sobre isto, é que as manutenções têm um valor bastante razoável. Existe quem assuma que sendo uma marca histórica, italiana, a sua manutenção pode chegar a preços “pouco católicos” (eu próprio tinha essa ideia), mas desenganem-se.
E convertam-se.
Este modelo começa nos quase 10.000€ e está disponível para questões técnicas e outras aqui.
TF
Fotos: Rui Valido
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- V9 roamer
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