Calma. Nós sabemos que a hashtag não é propriamente uma novidade e que já cá anda há alguns anos. Mas a verdade é que, como apareceu e se espalhou de uma forma tão repentina, ainda há muita gente que continua a usar hashtags sem saber verdadeiramente qual o propósito delas. E, uma vez que estamos a falar de uma pequena ferramenta com grande utilidade, achámos por bem acabar com todas as dúvidas que ainda possam existir desse lado.
Inventada por Chris Messina, a hashtag começou por ser utilizada no Twitter, contribuindo para os famosos trending topics. O objectivo era unir vários utilizadores da rede social em torno de tópicos de discussão comuns entre si. Desta forma, consegue-se agrupar uma grande quantidade de informação acerca de um tema através de palavras-chave. Ao “taggarmos” uma palavra, estamos a convertê-la numa hiperligação e a torná-la “pesquisável” dentro de uma espécie de rede interna – o que significa que, tanto seguidores, como não seguidores poderão aceder ao conteúdo que publicámos. Idealmente, isto irá gerar mais reacções e, eventualmente, novos seguidores. Por outro lado, quando não é usada para efeitos de partilha, a hashtag pode ser usada para efeitos de pesquisa. Em vez de andarmos num scroll infinito à procura de fotos de gatinhos, por exemplo, fica mais fácil se introduzirmos hashtags relacionadas com o tópico do nosso interesse no motor de pesquisa. Simplificando, a hashtag torna-nos mais visíveis para os outros e torna os outros mais visíveis para nós.
Dito isto, estes são os 6 erros (pelo menos, os mais comuns) que devemos evitar ao utilizarmos hashtags:
1. Usar hashtags como se não houvesse amanhã ❌
Atenção que quantidade não significa necessariamente qualidade. Embora, no caso do Instagram, o limite de hashtags seja 30, tudo o que seja de 10 para cima já começa a ser mais ruído visual do que outra coisa. Isto para não dizer de 5 para cima… Ok que, supostamente, mais hashtags ‘atraem’ mais seguidores, mas lembrem-se que muitas vezes não é exactamente o tipo de seguidores que pretendem (por ex: spammers ou interesseiros, que seguem para ser seguidos e depois deixam de seguir). Btw, escrevam as hashtags ou em português or in english, as duas things together é que não dá com nothing.
2. Fazer hashtag de tudo o que aparece na foto ❌
É importante que uma mesma foto não tenha dezenas de tópicos associados a ela. A dispersão só vai tornar o conteúdo desinteressante e cansativo. Até se aceita que ponham a boa da foto na praia com as hashtags #praia ou #verão. Mas não é preciso activar o modo metralhadora: #praia #verão #sol #areia #toalha #ceu #mar #mergulhos #bronze #chapeudesol #boladeberlim #gaivotas #ferias. Pronto, já deu para perceberem a ideia… Objectividade, sff!
3. #usarhashtagsmuitocompridasnuncaéumaboaopçãoasérionãofaçamisso ❌
Traduzindo: Usar hashtags muito compridas nunca é uma boa opção, a sério, não façam isso. Torna-se confuso e ilegível, sobretudo, quando o fazem sem marcar a diferença entre uma palavra e outra. Se é para o fazerem, pelo menos, que seja com uma maiúscula no início de cada palavra. De qualquer das formas, é pouco provável (para não dizer impossível) que haja alguém no mundo que se vá lembrar de pesquisar coisas como #aquelemomentoemqueacordaseestaachovergranizo. Just saying…
4. Fazer pontuação ou espaçamentos ❌
Vírgulas, pontos de interrogação/exclamação, pontos finais, espaçamentos, etc., vão impedir que seja criada a tal hiperligação. Ou seja, ficamos com um hashtag completamente inconsequente.
5. Usar hashtags só para ter piadinha, ser sarcástico ou mandar “indirectas”/inside jokes ❌
Usem a descrição das fotos para essas coisas. É para isso que ela lá está!
6. Construir frases em que cada hashtag é uma palavra ❌
#Não #não #é #bonito, #é #só #ridículo #e #provoca #dores #de #cabeça.
Antes de concluirmos, outra coisa muito importante: não lhe chamem “Asstag” ❌ . Sim, já (ou)vimos isso acontecer…