Bons Rapazes no cinema para ver… Bons Rapazes

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Em 1990, Martin Scorsese realizou um filmaço chamado “Goodfellas”. Não há dúvidas que De Niro, Ray Liotta e Joe Pesci deram uns óptimos ‘bons rapazes’. Nessa altura, este blog ainda estava longe de existir (mas já estava destinado). Vinte e seis anos depois, “The Nice Guys” (traduzido por “Bons Rapazes”) chega às salas de cinema nacionais. Não, nós não entramos no filme. Mas entrámos na Sala 4 do Colombo, para assistir à ante-estreia. Atenção, isto não é uma crítica cinematográfica. É mais uma espécie de “Descubra as semelhanças” entre os Nice Guys e os Bons Rapazes. Desde já, o nosso mais sincero aplauso a Ryan Gosling e Russell Crowe. Bravo!

Bromance 

Uma boa amizade não se faz só de bons momentos. Aliás, só lhe podemos realmente chamar amizade quando passamos no teste dos maus momentos. Um braço partido, uns quantos socos na cara e pistolas apontadas – foi o teste que Holland March (Ryan Gosling) e Jackson Healy (Russell Crowe), dois detectives, tiveram de superar para se tornarem amigos. A amizade entre homens é isso mesmo. Zangamo-nos, mas rapidamente pomos para trás das costas e a união fica ainda mais firme. Por mais bestas que sejamos por fora, lá no fundo, temos um coração de manteiga.

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Clássico é clássico

O que seria de um detective sem um carro à altura das melhores rusgas? Tal como nós, estes bons rapazes têm uma queda especial para carros vintage. Um Mercedes-Benz 280 SE Convertible, um Oldsmobile Toronado e um Chevrolet Camaro Z28 são algumas das relíquias que os vemos conduzir pelas ruas de Los Angeles, em plena década de 70. Não nos importávamos nem um bocadinho!

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Whisky, o fiel companheiro

O copo de whisky é como os amigos. Também está lá para nós, nos bons e nos maus momentos, para esquecer ou para brindar. No caso de March, está lá nos bons, nos maus, e em todos os outros momentos. Por isso é que passa metade do filme a cambalear. Já Healy sabe controlar-se.

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Pai babado 

É verdade que não é qualquer pai que pede à filha de 12 anos para conduzir, por estar com uns copos a mais. Embora, na primeira parte do filme, possa parecer pouco importado com Holly, à medida que o filme avança, torna-se claro que March venera a sua filha. Os dois são o ídolo um do outro. A dada altura, Holly diz ao pai que ele é o pior detective do mundo. Esta é daquelas que magoa qualquer pai. Mas ele reergueu-se e fez de tudo para lhe provar o contrário. E ela, no fundo, só queria ser como ele quando fosse grande. Tanto que acaba por ser a peça-chave para desvendar o mistério que March e Healy não estavam a conseguir desvendar.

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Maus Rapazes

Para se ser um bom rapaz, também é preciso ser-se um mau rapaz. March e Healy não são propriamente uns santos. Têm as suas manhas, esquemas e derramam algum sangue, quando é preciso. São casmurros, orgulhosos, impacientes … Resumindo: têm um feitio do pior. Não há milagres. Até o cartaz do filme faz o aviso: “They’re not that nice”. O que os torna bons não são os meios. São os fins.

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Ladies first

Durante quase duas horas de filme, os dois detectives fazem de tudo para salvar a vida de Amelia, uma bonita jovem que se meteu em maus lençóis. À parte disso, um dos trabalhos preferidos de Jackson Healy é distribuir socos a tarados que se metem com meninas mais novas. E depois, temos uma das cenas mais potentes do filme, quando a pequena Holly se vira para Healy e diz “se matares esse homem, não falo mais contigo”. Healy foi inteligente o suficiente para perceber que não se vai contra a vontade das mulheres mais especiais da nossa vida.

Vejam o trailer do filme abaixo: