Diego Maradona, um dos melhores jogadores de sempre da história d futebol, deixa-nos aos 60 anos. Um craque do futebol que ficou famoso pela sua genialidade dentro de campo e a sua personalidade expansiva.
Craque do Mundial de 1986
O momento mais importante da carreira de Maradona aconteceu em 1986, quando ele foi determinante para a conquista da Copa do Mundo daquele ano pela Argentina. Realizado no México, o Mundial serviu para Maradona chegar a ser comparado a Pelé, tamanha a grandiosidade da sua performance.
Naquele Mundial, Maradona fez cinco golos, um deles conhecido como “a mão de Deus” em que deu um soco na bola ao disputar pelo alto com o guarda-redes Peter Shilton, nos quartos de final contra a Inglaterra.
No outro foi genial, marcando um golo após driblar seis adversários, entre eles o mesmo Shilton desde antes do meio de campo.
Na final, deu um passe preciso para Burruchaga marcar o golo da vitória por 3 a 2 à Alemanha.
Início da carreira
Nascido em Lanús, em 30 de outubro de 1960, Maradona, destacava-se a jogar pela periferia de Buenos Aires e jogava pela equipa “Los Cebolitas”.
O treinador Francis Crnejo teve de convencer os pais de Maradona, Dalma Salvadora Franco, e Diego Maradona, a aceitarem que o menino passasse a treinar no clube Argentinos Juniors, após se destacar com uma esquerda canhão!
Na equipa do coração
Jogou entre 1976 e 1981 no Argentinos, onde marcou 149 golos em 166 jogos. Em 1981 foi emprestado ao Boca, que sempre foi o seu clube do coração. Naquele ano ganhou o seu único título pelo clube, o do Campeonato Metropolitano, terminando com 17 golos.
Naquela altura já tinha sido convocado para a seleção argentina, aos dezessete anos. Mas com 19, defendeu a seleção sub-20 (antes chamada de juniores) e levou a equipa ao título mundial da categoria, na Rússia (então União Soviética), em 1979.
Barcelona e Napoli
Em uma viagem do Boca Juniors pela Europa, passou a despertar interesse em clubes do continente, tendo se transferido em 1982 para o Barcelona, onde teve grandes jogos. A sua personalidade irreverente, permaneceu por menos de dois anos mesmo tendo conquistado o Espanhol e a Copa do Rei em 1983, além da Supertaça da Espanha em 1984.
Como se fosse algo predestinado, seguiu para o Napoli, um clube que nunca tinha conquistado títulos nacionais, e fez a equipa tornar-se a melhor de Itália naquele período. O Napoli ganhou o seu primeiro Campeonato Italiano em 1987, repetindo a dose em 1990. Pelo Napoli, Maradona ainda foi campeão da Taça da Itália, em 1987; da Taça Uefa, em 1989 e da Supertaça de Itália, em 1990.
Polémicas
Polémico, ardoroso defensor de causas da esquerda, ele desentendeu-se com dirigentes, com o então presidente da Fifa, Joseph Blatter (onde é que já vimos isto?).
Jurou nunca ter se dopado e garantiu que foi vítima de uma cilada para manchar a sua imagem e impedir o título argentino.
Maradona manteve-se no Napoli até 1991. A sua saída teve também relação com um certo desgaste ocorrido em função dele ter se irritado no Campeonato do Mundo em Itália, quando a seleção argentina foi vaiada durante o hino.
Do Napoli, foi para o Sevilla, já num período de decadência futebolística. Ficou na equipa espanhola de 1992 a 1993. Depois do Sevilla, voltou para o futebol argentino.
Maradona treinador
Fez um bom trabalho ao comando da seleção argentina entre 2008 e 2010, tendo dado apoio nos primeiros anos de Messi, considerado seu sucessor na seleção.
Mas deixou o cargo contrariado, após a eliminação no Campeonato do Mundo de 2010, nos quartos de final, reclamando o tratamento recebido dos dirigentes. Al-Fujairah (Emirados Árabes, 2017 e 2018) e Dorados de Sinaloa, México, em 2018. Atualmente era o treinador do Gimnasia e Esgrima, na Argentina.
Vida pessoal
Maradona ficou casado com Claudia Villafañe, de 1984 a 2003, com quem teve as filhas Dalma e Giannina. Após um período de relutãncia, ele assumiu a paternidade de Diego Junior, filho de um relacionamento dele com a italiana Cristiana Sinagra, ocorrido quando o craque jogava no Napoli.
Jana é fruto da sua relação com Valeria Sabalain. Diego Fernando é um dos outros filhos, tido em relacionamento com Veronica Ojeda, que durou oito anos. No fim de 2018, Maradona terminou a sua relação com Rocio Oliva, relação que durou cerca de seis anos.
Em março de 2019, o seu advogado Matías Morla, anunciou que Maradona era pai de outros três filhos em Cuba, onde passou períodos em tratamentos do vício em drogas.