Niki Lauda deixa-nos aos 70 anos mas o seu legado fica. A história que criou no mundo do automobilismo permanecerá para sempre. O seu exemplo, dedicação e esforço serão, para sempre, uma inspiração.
Campeão mundial de Formula 1 em 1975 pela primeira vez, o austríaco tornou-se uma verdadeira lenda do automobilismo. Depois de, em 1976, sofrer um grave acidente que o deixou em coma, acordou já no hospital e deparou-se com a possibilidade de inúmeras operações plásticas para recuperar a orelha, as pálpebras, mas rapidamente decidiu que faria a cirurgia para recuperação das pálpebras de forma a voltar às corridas. Dois meses depois do grave acidente em Nurburing, que lhe queimou parte do corpo, Niki Lauda estava de volta e fez um incrível quarto lugar. No final do GP, quando tirou o capacete, o piloto tinha as ligaduras ensanguentadas, o que demonstrou a sua determinação em continuar a luta pelo título naquele ano. Os fãs de Formula 1 duvidaram que Niki Lauda pudesse voltar à competição mas não só voltou, como no ano seguinte se sagrou novamente campeão do mundo. Foi o segundo título que conquistou já em 1977, voltando depois a vencer em 1984 ao serviço da McLaren.
Em 2015 tive a sorte de poder acompanhar o GP da Hungria, em Budapeste. No paddock, enquanto os pilotos andam escondidos para não serem assediados pela imprensa e pelos fãs, vêem-se alguns dos campeões de outros tempos que por ali circulam. Uns a gerir as equipas, como era o caso do Niki Lauda, e sempre rodeado de gente. No seu jeito simples, como era conhecido, não passava despercebido pela figura que representou durante todos estes anos e, claro, pelas marcas deixadas pelo acidente e pelo boné que já lhe era clássico. Foi aqui, nesta fotografia em baixo, que cruzámos o olhar e que senti “porra, olhou-me nos olhos”. Não me lembro de o ver correr, como é natural, mas cresci a ver F1 e foi uma figura incontornável do desporto nas ultimas décadas. Um abraço, meu caro.
Leiam este artigo que fizemos nos seus 67 anos. Aqui.
O vídeo do acidente que marcou a sua vida.