RAY-BAN | Uma longa história, contada 80 anos depois dos icónicos óculos de Aviador

Se há coisa que não dispensamos é uma boa história – para além da satisfação óbvia da curiosidade, trata-se de compreender melhor o presente à luz do aconteceu lá atrás. A narração da história que vos trazemos hoje começa em 1937. Na altura, John A. Macready jamais poderia imaginar que um simples “capricho” seu viria a dar origem a um dos objectos mais icónicos do mundo da moda: os Ray-Ban Aviator. Naquela época, chamavam-lhe os “Óculos-de-Sol Anti-brilho intenso”. O piloto Macready queria voar mais alto do que qualquer outro havia conseguido, e para isso, precisava de algo que o protegesse contra a luz em elevadas altitudes. A Ray-Ban fez-lhe a vontade. A partir daí, foi num piscar de olhos que os Aviator voaram também para o cinema, música e moda.

Mais de 80 anos depois, a marca quer assinalar esta data com a campanha “Ray Ban Reinvented”, que reinventa os seus quatro modelos mais famosos: os Aviator, os Wayfarer, os Round e os Clubmaster. O artista visual Dewey Saunders colaborou com a Ray-Ban nesta campanha, preservando os traços originais dos óculos, mas dando-lhes um toque especial, com novas tecnologias e materiais. Os 16 modelos “Reinvented” estão já disponíveis no site oficial da Ray-Ban, com preços entre os 142€ e os 202€. São eles: Ray-Ban Aviator 1937, Optical, Blaze, Outdoorsman, Shooter, Ambermatic Leather, Craft, Mirror, Evolve; Ray-Ban Wayfarer Classic e Folding; Ray-Ban Clubmaster Classic e Aluminium; e Ray-Ban Round Classic e Hexagonal.

Entretanto, para quem gosta de aprofundar as leituras, aqui vai:

Uma looonga história…

Ray-Ban Aviator: a Criação de uma ambição

A história tem início com John A. Macready: um piloto ousado e uma lenda em crescimento. Determinado a voar mais alto do que aqueles que o antecederam, entrou em contacto com a fabricante de óculos que estava a produzir os equipamentos para o exército dos EUA, à procura de máscaras que pudessem proteger os pilotos contra a luz em elevadas altitudes. Eles desenvolveram a ferramenta perfeita. Uma inovação na aviação. As lentes que manteriam os pilotos livres do brilho intenso. As lentes características em forma de lágrima, que se ajustam em torno das suas máscaras de oxigénio. O modelo Ray-Ban Aviator foi criado.

Em 1930, os óculos Aviator foram apresentados aos militares. Forte Arrojados. Bravos. Mais tarde, as armações assumiram as características dos heróis associados às mesmas. Em 1937, os Óculos de Sol anti-brilho intenso – como eram chamados – foram lançados ao público e prontamente renomeados. A Ray-Ban tornou-se a primeira marca de óculos de sol do mundo.

A disciplina extrema proporciona a rebelião. Nos anos 60, o Ray-Ban Aviator tornou-se um símbolo do “anti”. Anti-fashion. Anti-criação. Anti-social. Com uma jaqueta de couro e um 6T Triunfo Thunderbird, nos anos 50, O Selvagem de Marlon Brando transformou-os num acessório essencial para os bandidos. Com as estrelas do rock adoptando a armação nos anos 60 e 70, esse uniforme de anti-heróis tornou-se a maior marca de iconoclastia.

Top Gun leva a Ray-Ban diretamente para as suas raízes. Em 1986, o Aviator usado por Maverick, interpretado por Tom Cruise, tornou-se um ícone do cinema e do nacionalismo americano. Com um novo campeão por trás das lentes, o Ray-Ban Aviator reclamou o seu legado original e trouxe o estilo de óculos de sol para próximo das suas raízes. Uma inovação para a ousadia. Para o radical. Para o herói.

RAY-BAN WAYFARER: AVANÇANDO EM ESTILO E SUBSTÂNCIA

Com novos materiais e tecnologia emergindo dos anos 50, a porta foi aberta para um universo de novos estilos – e entrou o Ray-Ban Wayfarer. É possível produzir com o plástico armações elaboradas – e as bordas espessas do Wayfarer tornam-se um ícone imediato. O crítico Stephen Bayley denominou-os “um clássico de meio século que compete com as cadeiras Eames e as barbatanas de cauda do Cadillac…”. Ao chegar a meio de uma indústria cinematográfica em expansão, as reputações sombrias e temperamentais provaram ter um grande fascínio para os realizadores de cinema. Popularizado pelos Blues Brothers, eles cimentaram a capacidade dos Ray-Ban Wayfarer em conceder o momento cool aos próprios utilizadores. O seu papel mais icónico está em debate: James Dean em Rebelde Sem Causa ou Tom Cruise em Negócio Arriscado?

Nos anos 80, o panorama musical explodiu – os Ray-Ban Wayfarer foram vistos em Johnny Marr dos The Smiths e The Ramones, proporcionando à armação um toque punk que nunca perderam. Mas o fascínio do Wayfarer foi para além dos géneros: do vídeo ‘Club Tropicana’ da dupla genuinamente pop Wham!, ao estilo básico de Madonna (que até apareceu na capa do seu single ‘Lucky Star’). Utilizado pelos músicos mais icónicos ao longo das décadas, os Ray-Ban Wayfarer são sinónimo do mundo da música. Nos anos 2000, os Ray-Ban Wayfarer fora completamente reinventados. As armações temperamentais foram transformadas por cores. Reflectindo a moda do mixing and matching, o rebelde Ray-Ban Wayfarer ganhou uma série divertida.

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THE CLUBMASTER: O REI DO RETRO MODERNO

Uma boa reinvenção olha para o passado. Com o lançamento dos Ray-Ban Clubmaster, os anos 50 voltaram a todo vapor. Inspirados nos estilos masculinos “browline” e populares ao mesmo tempo, a armação leve tornou-se imediatamente um retro-clássico. Os ângulos arrojados são todos dos anos 50, mas com as lentes curvas, o preto elegante e os elementos dourados, o Ray-Ban Clubmaster tornou-se uma parte icónica do estilo club dos anos 80. Com faixas pop e rock envolvendo o estilo dandy,
todas as pessoas que eram personalidades conhecidas adoptaram as armações retro e refinadas. Um choque de duas eras. Um design atemporal. Eles tornaram-se os mestres do club.

O Ray-Ban Clubmaster desfrutou muito da relação com o cinema e a música. Usado por Denzel Washington, em Malcolm X, e combinado com um smoking preto usado por Tim Roth, em Reservoir Dogs, o Ray-Ban Clubmaster tornou-se um ícone do cinema. Com uma pequena ajuda de Tarantino, eles tornaram-se os maus da fita – uma forma imediata de evocar o estilo vintage retro cool. A moda sempre retorna. Nos anos 2000, os Ray-Ban Clubmaster foram re-lançados como a tendência masculina que voltou em voga – ajudado com a popularidade de Mad Men. O relançamento destacou a relação entre a Ray-Ban e a música, com oito actos musicais que conduziram o projecto Ray-Ban Remaster.

THE ROUND: ARMAÇÕES PARA OS PENSADORES LIVRES

Óculos redondos. Teashades. Óculos da avó. Podem conhecê-los por outro nome, mas conhecem-nos. Usados pelos hippies nos festivais de música lendários dos anos 60, os óculos redondos foram usados e reinventados através da história. Graças a utilizadores como Benjamin Franklin, eles começaram a ser associados à contra-cultura, à visão pioneira e artística. Usado por ícones como Janis Joplin, os óculos redondos assumiram o espírito dos poetas e pensadores livres. O redondo evoca as atitudes não-conformistas dos anos 60. Como um ressurgimento da moda dos anos 20, unido à tendência futurista dos anos 60, os óculos redondos tomaram o seu lugar como parte do estilo psicadélico – demonstrado pela Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

Impulsionados pelo panorama musical envolvente, os óculos redondos foram reinventados novamente no final dos anos 80. O movimento acid house obteve um monumento em 1987 e os clubbers misturaram os desportos dos anos 80 com a moda psicadélica dos anos 60. Um ressurgimento do formato clássico dos anos 60 tornou os óculos de sol redondos um elemento básico do estilo club.

O Ray-Ban Round recorre à inspiração infinita. Originalmente relançado em 1989, como parte da colecção Classic Metals, o Round combinou a estética dos músicos lendários dos anos 60 com a moda desportiva dos anos 80. Com as lentes em cristal redondas características e uma armação fina em metal, o Round reinventou um clássico para criar um estilo icónico próprio.

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