Decidimos usar um trunfo que já estava aqui guardado na manga faz tempo. A Casa Azimute é um óptimo prenúncio para o Verão, embora a sua elegância e pertinência ultrapassem a barreira da sazonalidade. É só mais uma razão para, cada vez mais, considerarmos a hipótese de ser turistas dentro do nosso próprio país. Nas nossas viagens pela arquitectura que se faz em Portugal, já passámos pelo Algarve, pelo Norte, pelo Centro, pelas Ilhas, etc. Desta vez, rendêmo-nos aos encantos de um tradicional monte alentejano, onde nasceu um pedaço de arquitectura contemporânea.
Não há-de ter sido por acaso que Andy Didden e Danny Puype, um casal belga, decidiram largar tudo o que tinham e seguir para Estremoz, em busca do “Portuguese Dream”: criar um turismo rural que dificilmente terá disponibilidade nos meses de maior calor. O Monte dos Santos tem cerca de 28 hectares de liberdade, tradição e sossego, para além de piscar o olho à bonita cidade de Estremoz. Quanto à Casa Azimute, não se resume, obviamente, à elegância das suas linhas clean e silhueta contemporânea, ou ao contraste sugestivo das camadas de cimento com a paisagem rural, nem sequer à piscina de sonho que oferece um oásis no meio do quente “deserto” alentejano. Trata-se, sobretudo, de uma ode à herança cultural de Estremoz, com os seus vários painéis de azulejos pintados à mão, que acrescentam vida e cor ao minimalismo da construção e decoração. Os tais pequenos pormenores que fazem toda a diferença. Ali à volta, contem com ruínas de duas quintas, um antigo moinho de água, paredes de ardósia, sobreiros e azinheiras.
O melhor é começarem já a fazer planos para as férias de verão…
Reservas e mais info aqui.