Rapazes, já nos vão conhecendo e sabem bem que temos uma vocação especial para tudo o que envolva o exterior, o contacto com a natureza, a rua, a aventura, o escape, etc. Mas a verdade é que a vida também acontece dentro de portas, especialmente nas alturas em que a meteorologia não está do nosso lado – embora façamos os possíveis para contornar a coisa. Como é óbvio, também estamos cientes de todo o potencial que há em ficar no, por vezes mal conotado, bem-bom. Ora, se tem “bem” e “bom”, à partida não deve ser mau.
Seja num fim-de-semana, embalados pela maratona de séries, ou durante a semana, na ressaca do trabalho, estar em casa pede sempre uma coisa: estar à vontade. E, neste caso (mas só mesmo neste!), estar à vontadinha também. Ainda assim, para evitar confusões, vamos já pôr de parte a hipótese do modo pijama ou calças de fato de treino tingidas/rotas all day long. Não é a esse tipo de “à vontadinha” que nos referimos neste artigo em particular. Concretizando: peguem no santo do roupão, que ele não foi feito só para estar pendurado atrás da porta do quarto. Se não, reparem: sair da cama nas calmas, espreguiçar para aqui, espreguiçar para ali, abrir ligeiramente os estores para receber os raios de sol mais tímidos, pôr o café a fervilhar, pegar no jornal, sentar na poltrona… Todo este cenário parece não fazer tanto sentido se não for feito com um roupão vestido. É uma associação quase imediata. É uma sensação aconchegante, tanto para o corpo, como para a mente.
De referir que os primeiros roupões surgiram por volta do séc. XVIII, e eram chamados de banyan (que significa “comerciante”, “mercador”), por influência das culturas persa e asiática. O formato era, na altura, muito idêntico ao de um quimono. Aliás, ainda hoje a maioria dos roupões recorre a uma faixa/cinturão, tal como a vestimenta de origem japonesa. No início do séc. XIX, o aquecimento central era ainda um luxo acessível a poucos, e, por isso, os roupões começaram a ocupar o seu espaço no dia-a-dia dos homens mais friorentos. Eram essencialmente feitos de algodão e lã mais espessos, nalguns casos acolchoados, e maioritariamente usados com cores sólidas ou xadrezes básicos.
Apenas os gentlemen de classes mais favorecidas usavam roupões mais sofisticados, como aqueles que podemos ver, por exemplo, na série britânica “Downton Abbey”. Depois da 1ª Guerra Mundial, a estética e a moda ganharam uma dimensão que nunca antes tinham tido, e sobretudo tornaram-se mais abertas aos vários sectores da sociedade. Durante as décadas de 20 e 30, os roupões eram usados compridos, praticamente a tocar nos tornozelos. Era também comum serem feitos com tecidos como seda e jacquard, com designs mais abstractos e arrojados. A dada altura, havia roupões para todos os gostos e carteiras, desde os modelos mais simples, abaixo de 10 dólares, aos que ultrapassavam os 100, por culpa, não só do tipo de tecido, mas da preocupação com certos detalhes nos bolsos, punhos, gola, etc.
Hoje em dia, é um hábito que já acolhe poucos adeptos, mas, na parte que nos toca, estamos aqui para evitar que se extinga. Como tal, para além de uma boa dose de inspiração, trazemo-vos 12 sugestões para procrastinarem como deve ser. E porque – digam lá o que disserem – um homem também sente frio!
PS: se é para usar um roupão como deve ser, é para ser sem nada por baixo. Vá, com uns boxers, convém.
Sugestões
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