No dia 26 de outubro de 2013, Sean Murray conseguia um novo Guiness World Record para “Maior Número de Soutiens Desapertados em Apenas 1 Minuto”. Nada mais, nada menos, que NOVENTA E UM! Desculpem o caps lock, mas o número é, de facto, impressionante. O problema é que nem todos os homens tem a mesma habilidade de Murray para estas coisas. Muito pelo contrário. Vá, não se façam de fortes. Não há nada melhor que assumirmos as nossas falhas e tentarmos superá-las. Talvez o vídeo de Sean Murray não seja a melhor fonte de aprendizagem, por ser demasiado rápido. Por isso, o melhor é irmos por partes.
Antes de chegarmos ao momento da verdade, há alguns passos importantes que não devemos ignorar, até porque, nestas coisas, a pressa é ainda mais inimiga da perfeição. Logo, se estão à procura de perfeição (ou perto disso), slow it down. Se estão à procura da pressa, escusam de ler este artigo, que não é para vocês. Então, continuamos? Para já, esqueçam as duas mãos. Vai sempre parecer demasiado forçado. Uma mão é suficiente e torna tudo muito mais fluído.
Quer seja a primeira ou a milionésima vez que estão a fazer isto, encarem o desafio sempre com a mesma seriedade e empenho. Antes de partirem para a acção, certifiquem-se que não têm a mão congelada. Uma mão fria nas costas de uma mulher vai matar completamente o clima. O primeiro passo é deixar que as mãos estejam quentes. Continuando…
Depois, segue-se uma das fases mais importantes desta guerra Homem VS soutien: conhecermos o nosso inimigo. E lembrem-se, ele é nosso inimigo porque tem aquilo que nós queremos. Por isso, ainda antes do momento em que atiramos a t-shirt para o chão, há a parte da mão por dentro da t-shirt. De forma muito discreta, o objectivo agora é identificar o tipo de soutien com que estamos a lidar.
Ora bem, o nosso inimigo pode assumir três formas possíveis. A nível de probabilidades, é quase certo que estaremos perante um soutien de abertura nas costas. Como tal, o primeiro move deve ser precisamente nessa direcção. Mas, uma grande probabilidade não é uma certeza. Quando perceberem que não há nenhum fecho na zona das costas, o próximo passo é dirigirem-se à zona do peito, porque podem estar perante um soutien de abertura frontal. Mais uma vez, insistimos na ideia de que tudo deve ser feito com a maior naturalidade possível. Se, após estas duas tentativas, continuarem sem encontrar a chave do tesouro, não desanimem. Aliás, isso é uma óptima notícia: se não há fecho, não há dores de cabeça, porque estamos perante um soutien desportivo.
Mas, como tudo na vida, o melhor é baixarmos as expectativas e prepararmo-nos sempre para o pior. Ou seja, o recomendável é que não faltem aos treinos e não entrem em campo sem ter aquecido em condições. Pratiquem em casa com uma almofada, por exemplo, ou num amigo mais próximo (daqueles que têm a certeza que não vai fazer troça). Ninguém precisa de saber. Partindo do princípio que não é o nosso dia de sorte, e não estamos perante o dito soutien desportivo, o futuro está nas nossas mãos (correcção: na nossa mão). Chegados aqui, temos (pelo menos) dois caminhos possíveis: ou optamos pela técnica “Pinch”, ou pela técnica “Flip”.
A execução da técnica “Pinch” é, à partida, menos complicada do que a “Flip” e, quando bem treinada, até pode ser aplicada por fora da t-shirt. Em primeiro lugar, posicionem o polegar num dos lados do fecho e o indicador no lado oposto, de preferência com uma distância considerável. Depois, o objectivo é arrastarem os dois dedos pelo tecido, em simultâneo, até “beliscarem” o fecho, para libertarem a tensão (do fecho, e se possível a vossa também). Por fim, é tudo uma questão de criarem fricção para libertar os ganchos. Et voilà!
A técnica “Flip” pode ser mais complexa, mas, ao mesmo tempo, também mais eficaz. Vá lá, sem medo! O primeiro passo é colocar o indicador algures entre o fecho e a pele, começando o movimento a partir de cima, e não por baixo. De seguida, é deslizar o dedo para o lado esquerdo, de forma a que fique posicionado entre dois pedaços de tecido. O indicador e o polegar devem segurar os anéis do fecho, enquanto o dedo médio deve ser colocado no lado de fora do gancho. Por fim, o dedo médio empurra o tecido contra a pele, ao mesmo tempo que o polegar e o indicador puxam o fecho. Et voilà!
Escolher entre uma técnica e a outra é apenas uma questão de preferência e, nisso, preferimos não influenciar a vossa decisão. Testem as duas e vejam com qual se sentem mais confortáveis.