Penugem. Há que descobrir os locais onde se esconde a penugem. Às vezes são inusitados. Outros há que tendem a crescer como como searas lourinhas em vales carnudos ou pele tensa que protege músculos tolhidos de stress. Ali na nuca. Estique-se. Molhe-se os beiços e sopre-se uma brisa fresca em contra maré do deitar da penugem. Sopra o sopro, levanta a penugem e cérebro faz lá a coisa dela e o antebraço arreia-se em pele de galinha. A química é uma coisa do caraças.
Luis Pedro Nunes