Motas na faixa do BUS no Porto

A C.M. do Porto está de Parabéns. Leiam o comunicado que colocaram no site e contem-nos se estão de acordo nos comentários em baixo. Será que é uma decisão que vai levantar muita polémica? 

O Município do Porto será o primeiro em Portugal a aplicar a nova legislação e a permitir a circulação de motociclos e ciclomotores nas faixas BUS. Período de experimentação piloto será acompanhado por um estudo da Universidade do Porto. Com esta medida, o Presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, cumpre também mais uma das medidas elencadas no Manifesto Eleitoral com que se apresentou às Eleições Autárquicas de 2013: “(…) As regras de circulação urbana vão ser alteradas, de modo a permitir a utilização das faixas BUS por motos”.

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Esta medida será sujeita a aprovação em reunião do Executivo, a realizar na próxima terça-feira, dia 22 de abril, e entrará em vigor no próximo dia 1 de maio, em algumas zonas da cidade.Depois de definida a zona piloto, segundo critérios previamente definidos – como, por exemplo, a de atratividade para os condutores de ciclomotores e motociclos e que sirvam de entrada/saída do centro da cidade -, foram selecionados alguns corredores BUS para concretização desta medida. Assim, será permitida a circulação de motociclos e ciclomotores nos seguintes corredores BUS:

– Avenida Fernão Magalhães;
– Rua do Bonfim;
– Campo 24 de Agosto;
– Rua Fernandes Tomás,
– Rua Sá da Bandeira;
– Rua Formosa;
– Rua de Camões;
– Praça da Liberdade;
– Avenida dos Aliados;
– Praça General Humberto Delgado;
– Rua António Luís Gomes;
– Rua da Trindade;
– Rua do Clube dos Fenianos;
– Rua dos Heróis e dos Mártires de Angola.

Para a implementação desta medida, a Câmara Municipal do Porto, competente nesta matéria, pediu pareceres, obrigatórios mas não vinculativos, à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT, I.P.). Após essas diligências, optou por desenvolver um projeto-piloto, em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que permitirá avaliar todos os impactos, positivos e negativos, que a permissão de circulação de ciclomotores e motociclos nos corredores BUS terá no sistema de transportes.

O projeto-piloto deverá ter uma duração mínima de 18 meses, dividido em duas fases: a primeira, com a duração de seis meses, e a segunda de 12. No final dos primeiros seis meses deverá ser feita uma primeira avaliação global dos impactos desta medida. Nessa altura, a zona piloto poderá ser alargada para cerca de 50% da extensão total de corredores BUS existentes na cidade. No final da segunda fase será efetuada a avaliação global do projeto. Caso os resultados sejam positivos, a permissão poderá ser alargada na generalidade a toda a cidade.

Esta medida poderá trazer vantagens em termos de redução do tempo de viagem, redução dos níveis de emissão de CO2, aumento de segurança para os motociclistas, incentivo à transferência modal do automóvel para o motociclo e, não menos importante, redução do tráfego automóvel.

2014/04/16