Nos dias de hoje temos grandes aviões como os famosos 747, munidos da tecnologia mais avançada mas, nem sempre foi assim. Apesar de serem de uma dimensão considerável, os aviões de combate são do tipo de aviões que não têm grande espaço para o piloto e não me parece que durante um voo mais entusiasmante tenham tempo para coisas banais como beber um café. Nem é coisa que seja muito prática num momento desses, com certeza, no entanto, um movimento que nos parece simples como ver as horas, até 1904 não era assim tão fácil para um piloto. Pensem na chatice que seria um piloto de aviões querer ver as horas e ter de ir ao bolso tirar o relógio, ver as horas e voltar a colocar o relógio no bolso. Nunca se tinham lembrado disto, pois não?
Pois bem, o aviador Alberto Santos-Dumont (brasileiro) apercebeu-se que ver as horas podia e devia ser bastante mais fácil e contacta Louis Cartier para que este lhe pudesse fazer um relógio de colocar no pulso que, até então, seria objecto mais usado pelas senhoras enquanto os homens preferiam os relógios de bolso. Cartier deve ter percebido de imediato que era uma ideia brilhante e arranjou umas fitas em couro onde amarrou o relógio para que Alberto Santos pudesse usar, o que ajudou a popularizar os relógios de pulso nos homens. Já em 1911 é apresentado o primeiro relógio de pulso pela Cartier, ao qual vão chamar de Cartier Santos. E como 1 +1 são 2, não vale a pena dizer onde foram buscar o nome do modelo.
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