8h30 em Nova Iorque, 13h30 em Portugal. Acordei completamente baralhado entre horários, cansaço, e trabalho para despachar antes de sair do hotel. Chega o Rui com um kit Starbucks e salva a manhã com o meio litro de café.
Saímos, e no Path, a caminho de Manhattan, pensamos no que fazer: ” ‘bora já ao The Rock, depois MoMA e vemos o que fazer quando sairmos do Central Park?” O tempo não dava para tudo e tivemos de optar pelo MoMA, onde ficaríamos algumas horas, ou conhecer boa parte de Manhattan e ficar com uma noção mais real de NYC fora dos spots mais turísticos. Saltámos o MoMA, porra! Mas não me arrependendo uma unha de ter passeado por aquele parque, percorrer a High Line toda a pé e viver o ambiente super fancy de West Village e duper cool do Soho.
Central Park é o que todos sabemos, o que todos imaginamos pelo que toda a vida vimos em fotografias ou filmes, mas só atravessando as ruas, as pontes, os lagos e vendo aquela gente toda a viver o espaço é que se percebe. Consegue-nos misturar a sensação de parque urbano cheio de vida, com a mística de floresta em que cada canto parece esconder o maior assassino da história.
Alguns km / milhas a sul feitas de táxi, já em Chelsea, lançamo-nos pela fabulosa High Line que nos permite ter uma perspectiva absolutamente incrível dos bairros que percorremos. Ainda ficamos mais entusiasmados por saber que este espaço, antiga linha de ferro para transporte de carga construído no séc XIX, surge da força de populares, vizinhos, que defenderam a criação de um espaço público. Esta linha férrea elevada, que passa pelo meio dos prédios, mesmo junto às janelas de casas e escritórios, veio a ser trabalhado por arquitectos paisagistas que a tornaram aquilo que ela é hoje, super harmoniosa, onde vi de escolas a velhotes, de beatboxers a preppies. Saímos em West Village em direcção ao Soho e aqui sim, vi uma NYC onde conseguia morar, na maior. As lojas são do melhor, as ruas lindíssimas, os cafés e restaurantes cuidados, as pessoas elegantes. Entrámos em pop-up stores, na loja da Monocle, e entre tudo isto procurava incessantemente um presente decente para a minha filha. Mas nada. “Ok, vamos ao roof top de um hotel beber gins e ‘bora jantar ao PASTIS”, diz o Rui cheio de razão. Assim foi, e se repararem nem almoçámos, nem bebemos uma água, apenas um café à saída do Rockefeller Center 10 horas antes. Mas que se lixe, são só 3 dias em Nova Iorque!
TF