New York. Para quem acaba de chegar aos 30, poucos seriam os presentes que me podiam deixar mais satisfeito que uma viagem. O Rui é o culpado de tudo, surpreendeu-me com este convite durante a dirty thirty party cá por casa. 40 pessoas, whisky e gin à mistura e um convite para uma viagem a Nova Iorque. Há tipos com sorte. E há tipos que têm a sorte de ter bons amigos.
O entusiasmo foi grande logo à partida, o normal de uma 1ª vez nos EUA e ainda mais por ser Nova Iorque. Cidade de dimensão absurda, um sem fim de coisas a explorar e eu completamente perdido, com tanto para ver, em 3 dias. Foi pouco tempo mas foi óptimo, e não deixei um minuto por aproveitar.
Assim que começamos a sobrevoar as primeiras cidades é clara a organização a que estamos habituados a ver em filmes que acontecem em pequenas localidades, os bairros com uma só entrada e saída que desconfio que seja por questões de segurança. Os jardins contínuos sem qualquer muro a dividir as propriedades. Enfim, talvez tenha sido a excitação, a vontade de naquele momento querer fazer parte daquilo.
Aterrámos e ficámos em Newark, a cerca de 40 minutos de Manhattan de comboio, o Path. Tínhamos traçado os planos durante a viagem e eram simples: 1º dia / noite visitar TimeSquare; 2º dia – palmilhar o mais possível e explorar as zonas mais turísticas de manhã e ir descendo para as zonas mais cool; 3º dia logo se vê.
Banho, trocar de roupa rapidamente e arrancar para TimeSquare. Chegámos por volta das 22h00: gente que brotava não sei de onde (talvez das famosas cidades subterrâneas – vejam este doc), luzes a piscar por todo o lado para onde olhava, trânsito, roullottes de esquina com os famosos hot-dogs. A cidade a fervilhar às onze da noite! Mas, e este “mas” foi uma pena, não me surpreendeu. TimeSquare é o spot mais turístico deste mundo, tudo o que existe são serviços, obras e turistas. Ah, e tipos mascarados de tudo e mais alguma coisa que pedem dinheiro a quem tira fotos com eles. Até espaço existe para um fake Naked Cowboy! Tirámos as fotos da praxe e fomos à roullotte com menos gente apanhar qualquer coisa para comer e, como estava com o Rui, qual diabo da Tazmânia, pedimos o menú mais completo e picante do cardápio. À saída do comboio tínhamos passado por um jardim lindíssimo, o Bryant Park, spot de passagem obrigatória tanto de noite como de dia. A esplanada, a temperatura e a companhia convidavam a este jantar tardio mas quando chegámos o jardim tinha fechado mas optámos por ficar ali mesmo, sentados no muro. 00h30 locais, 5h30 em Portugal: cansados, esfomeados, um muro no centro de Nova Iorque, uma quick meal e uma Coca-Cola. Foi bom e ‘bora dormir que o dia seguinte vai ser muito longo.
TF