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A frustrante imagem que vêem acima pode, muito bem, nunca mais voltar a repetir-se. Os foguetes não se devem deitar antes da festa, mas, se os crânios da Universidade de Harvard o dizem, nós acreditamos, pelo menos, até que provem o contrário. Uma recente investigação, levada a cabo por uma equipa de cientistas da John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences (SEAS), deu origem a um novo tipo de borracha, com capacidade para se auto-regenerar. Já imaginaram o que era nunca mais terem de se preocupar com um maldito furo durante uma viagem?
Os materiais auto-regenerativos não são propriamente uma novidade. Mas, a verdade é que, até agora, nunca se tinha aplicado este procedimento em materiais mais resistentes e secos, como é o caso da borracha. Basicamente, são utilizados hidrogéis de base aquosa, que têm uma estrutura molecular idêntica a uma rede, capaz de formar novos vínculos quando os velhos são destruídos, espontaneamente. Não é muito diferente da forma como a nossa pele se regenera quando é ferida, por exemplo. Aliás, os hidrogéis auto-regenerativos são actualmente utilizados na medicina para regeneração dos tecidos. A descoberta da SEAS revela que a borracha também pode ser auto-regenerativa, caso as ligações covalentes e iónicas sejam incorporadas. Estas ligações químicas são, por norma, incompatíveis, mas os investigadores de Harvard desenvolveram uma espécie de corda molecular que é capaz de os manter ligados. Ao contrário da borracha convencional, esta borracha auto-regenerativa redestribui o “stress”, para que não haja um ponto localizado de pressão, que origine o furo. Quando o “stress” é libertado, o material regressa à sua forma original e o furo repara-se a si mesmo.
O Departamento de Desenvolvimento Tecnológico de Harvard já submeteu o pedido de patente para esta tecnologia e está à procura de oportunidades para a comercializar. O que significa que, muito em breve, os condutores podem ter menos uma dor de cabeça (e de braços!).
Fonte: Digital Trends