Há exactamente dois anos, falámo-vos aqui deste mesmo BMW 507 por ocasião de uma exposição em Munique (recordem o artigo aqui). Na altura, dissemos que o carro seria restaurado assim que a exposição terminasse. Pois bem, chegou a altura de vermos o resultado final dessa transformação!
Originalmente conduzido pelo ex-piloto alemão Hans Stuck, o 507 chegou às mãos de Elvis Presley no dia 20 de dezembro de 1958, em Frankfurt. Elvis pagou 3.750 dólares pelo roadster da BMW – uma pechincha nos dias que correm, especialmente se tivermos em conta que só foram fabricados 252 exemplares. Na altura, o Rei do Rock estava destacado na Alemanha, ao serviço das forças armadas norte-americanas.
Em 1960, Elvis regressa aos EUA, mas sem o seu 507, que ficou desaparecido até 1962, altura em que foi comprado por Tommy Charles, em Nova Iorque. Seis anos mais tarde, o carro conheceu o seu último dono: Jack Castor. Durante décadas, esteve trancado no celeiro de Jack, na Califórnia. Só em 2014, o 507 foi resgatado e levado para casa (Munique) pela própria BMW. Depois de estar durante um período em exposição, foi direitinho para a oficina dos tipos da BMW Group Classic, que tiveram de construir propositadamente vários componentes do zero, como o painel de instrumentos, o eixo traseiro, a caixa de velocidades e o próprio bloco V8 de 3,2 litros.
Não é segredo para ninguém o sucesso que Elvis Presley fazia entre as senhoras. O que muita gente, provavelmente, não sabe é que a loucura era tanta que chegou a ‘obrigar’ Elvis a mudar a pintura do seu carro. Originalmente branco, o 507 foi pintado de vermelho para esconder as mensagens escritas a batom pelas fãs, e manteve essa cor até aos dias de hoje. Depois do restauro, voltou à sua cor original.
Já com a nova cara, o 507 irá estar em exposição pela primeira vez no dia 21 de agosto, no âmbito do Pebble Beach Concours d’Elegance, evento que reúne todos os anos alguns dos mais belos clássicos de sempre.