Rapazes, falta um mês para arrancar o Euro 2016, em França. Portugal vai lá estar. E nós vamos estar por cá, mas com os olhos postos lá. É a Selecção, caramba! Goste-se de bola ou não, todos torcemos para o mesmo lado. Não há cá facciosismos ou rivalidades parvas. Esta é a 15ª edição do Europeu de Futebol, que já decorre desde 1960. Pela primeira vez na história da prova, a fase final contará com 24 selecções, em vez das habituais 16. Para começarmos já a entrar no espírito, deixamo-vos com uma breve apresentação de todas elas:
Albânia – A virgem que todos os papões querem. Uma estreia absoluta em Europeus. Antevêem-se algumas cabazadas… Embora tenham conseguido vencer Portugal na fase de apuramento;
Alemanha – Grandalhões, loiros, mais brancos que um copo de leite e o maior pesadelo do Brasil. São 11 contra 11 e no final são eles que ganham. O Ozil é feio;
Áustria – Estes gajos não eram só do ski e do snowboard? O Nani que se ponha a pau, que o David Alaba não é pêra doce;
Bélgica – Ninguém dá por eles, mas o certo é que têm uma autêntica dream team, com grande parte dos jogadores oriundos da Premier League. É provavelmente a selecção com mais cabelo per capita no mundo, tudo graças a Fellaini e Witsel;
Croácia – O sonho de qualquer relatador de futebol. Basta decorar a primeira sílaba dos nomes. O final é sempre o mesmo – “ic”. Também conhecida por ser a equipa com o homem que quase acabou com o casamento do Daniel Carriço. Sim, Rakitic e o jogador português já deram um chocho;
Eslováquia – Um caso, no mínimo, esquisito. Já ergueram a taça, mas a primeira presença na prova vai ser precisamente este ano. Em 1976, o Europeu foi vencido pela Checoslováquia, estado do qual a Eslováquia fazia parte na altura;
Espanha – Os mestres do Tiki-taka. Um coquetel molotov de Barça e de Real. Para além da Alemanha, são os únicos que se podem gabar de ter vencido o Euro por três vezes. As últimas duas foram deles;
França – Têm a vantagem de jogar em casa. De resto, já não metem o medo que meteram durante décadas. Mas ainda temos atravessada aquela meia-final com eles em 2000. Maldita sejas, mão do Abel Xavier;
Hungria – Há 30 anos que não se qualificavam para um torneio do calibre do Europeu ou do Mundial. O nome Puskás diz-vos alguma coisa? É só o 5º melhor marcador de todos os tempos do Real Madrid (242 golos);
Inglaterra – São 11 contra 11 e no final a Inglaterra perde em penáltis. Nós portugueses que o digamos. Lembram-se do pontapé para a estratosfera do Beckham? São muita bons e tal, mas a primeira (e única) vez que ganharam um título foi em 1966, no Mundial, precisamente em Inglaterra;
Irlanda – A terceira idade do futebol. Grande parte do plantel já está na casa dos trintas. Aliás, o guarda-redes Shay Given já chegou aos 40. Mas, atenção: por serem velhos não quer dizer que sejam coxos. Descubram um que não tenha cabelo ruivo e/ou sardas;
Irlanda do Norte – Outra estreia absoluta na fase final da competição. Não se sabe muito mais sobre eles;
Itália – La Squadra Azzurra. É tudo com barba farfalhuda, olhos verdes e metro e meio. Os habituais mijadinhos que passam o jogo todo à defesa e depois ganham no último minuto do prolongamento ou nos penáltis. Ironia das ironias, já foram campeões do mundo por quatro vezes, mas da Europa apenas uma;
Islândia – Também pela primeira vez na fase final da prova. Quem não se recorda do Gudjohnsen? Este senhor alinhou durante seis épocas pelo Chelsea e outras quatro pelo Barcelona; Resta saber se aos 37 anos ainda tem a pontaria afinada;
País de Gales – É o Bale e mais 10. Aliás, se não fossem as suas exibições de Gales (ou Gala, como preferirem), provavelmente ainda não era desta que se estreavam numa fase final;
Polónia – Duas palavras: Robert Lewandowski. Foi o melhor marcador da fase de qualificação (13 golos). A própria equipa também provou ter veia goleadora, sendo mesmo o melhor ataque até ao momento, com 33 tentos;
Portugal – Desta vez não há motivos para nos vermos gregos. Ao contrário do que muitos pensam, o segredo não é passar ao Ronaldo. É não passar ao Éder. Bora lá, “como uma força que ninguém pode parar”;
República Checa – Tal como a Eslováquia, já venceram a prova em 1976 enquanto Checoslováquia, mas nunca enquanto nação independente. Depois disso, já foram vice-campeões em 1996 e semi-finalistas em 2004. O capacete do Petr Čech já começa a lembrar os óculos do Pedro Abrunhosa;
Roménia – O melhor que conseguiram foi chegar aos quartos-de-final em 2000. Ainda assim, são uma das apenas quatro equipas que conseguiram o feito de participar nos primeiros três campeonatos do mundo da FIFA;
Rússia – O segundo sonho de qualquer relatador de futebol: estes são todos qualquer coisa “ov” ou “ev”. São uma presença habitual nas fases finais, tanto do Euro, como do Mundial. Em 1960, foram campeões da Europa, enquanto União Soviética;
Suécia – Ibrahimović disse em 2013 que o Mundial sem ele não valia a pena ser visto. Vamos lá ver se este Euro já vai valer a pena. A voz eufórica do Nuno Matos, naquele jogo em que o Ronaldo lhes aviou três petardos, ainda nos está na cabeça. Futebol combina bem com uma sueca (o jogo de cartas, claro);
Suíça – É na Suíça que estão as sedes da FIFA e da UEFA. Em jogos que vão a prolongamento, é preciso cuidado porque o tempo (relógio) joga sempre a favor deles…
Turquia – Não é na Turquia que os jogos acabam todos à pancada? O melhor resultado que alcançaram foi uma meia-final em 2008. Talento não lhes falta: boa parte dos jogadores vêm de equipas como o Leverkusen, Fenerbahçe e até do Barcelona;
Ucrânia – Loiros de olhos azuis, a condizer com o equipamento amarelo e azul. Esta é apenas a segunda participação numa fase final. A primeira foi exactamente edição anterior, em que a Ucrânia foi co-anfitriã com a Polónia. É fazer figas para que não haja lesões, tipo traumatismos ucranianos.