VIAGEM | Escócia | A experiência de conduzir do lado oposto

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Quem acompanha com frequência o Bons Rapazes sabe que nos fartamos (embora nunca nos fartemos literalmente) de falar de aventuras. Mas, melhor ainda do que falar delas é mesmo vivê-las – disso não tenham dúvidas. A nossa aventura na Escócia durou quatro dias, de 18 a 21 de julho. Soube a pouco, claro. Muito mais havia para ver, experimentar e sentir. Mas, ainda assim, voltámos com a mala cheia de histórias bonitas, aprendizagens consolidadas e fotos incríveis, que vamos partilhar convosco ao longo desta semana. Vão ficar a conhecer ao pormenor a Land of Chivas Regal.

Esta quarta-feira, contamo-vos como foi a experiência de conduzir do lado do pendura, andar por estradas incríveis e passar por carros de encher o olho a qualquer um.

Nem queiram saber a trabalheira que foi para alugar um carro na Escócia. Os tipos parece que estavam com medo que fizéssemos asneira por nunca termos conduzido do lado oposto. Em certa parte, tinham algumas razões para estar. Para sermos sinceros, até nós próprios estávamos. Aliás, logo à saída da rent-a-car ficámos com o coração nas mãos: o instinto fez com que olhássemos para a esquerda e a coisa podia ter corrido mal. Mas foi importante apanhar um susto cedo. Depois, era só uma questão de ir ganhando confiança. O desafio seguinte foi uma rotunda. A sensação de estarmos em contra-mão foi ainda maior. Mais complicado ainda foi fazer a primeira ultrapassagem. Felizmente, o ciclista facilitou-nos a vida e encostou à esquerda. Modéstia à parte, ao fim de algumas horas de treino, até acabámos por ficar peritos na arte de conduzir no Reino Unido. O problema é que, também para atravessar a estrada enquanto peões, isto foi um autêntico quebra-cabeças. Mas este ficou por resolver.

Mas o melhor desta experiência foi mesmo o cenário em que conduzimos. Nota: a Escócia não abunda propriamente em auto-estradas. Mesmo as estradas mais espaçosas e melhor alcatroadas são frequentemente interrompidas por rotundas. Na verdade, também não sentimos muita falta de andar a abrir. É que, num lugar destes, as viagens são para se fazer com os olhos postos lá fora, com muitas paragens pelo meio, para não desperdiçar um único pixel de paisagens. As estradas apertadas, sem berma, com dezenas de sinais a avisar que animais podem atrevessar-se à nossa frente, e centenas de curvas apertadas, fazem parte da magia que é descobrir a Escócia. O resto da magia sai da cartola dos Rover. Não falha. É que é literalmente um em cada esquina. É compreensível. Num país em que há tanto para descobrir, nada mais perfeito que um carro que transpira aventura.

Fotografias: Salvador Colaço

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