3 semanas, 3 destinos | Costa Vicentina

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(post actualizado)

Consta que é um dos últimos refúgios europeus, com longos areais e baías rochosas, mares de azuis e verdes e ambiente rural. A Costa Vicentina, a faixa de litoral entre Odeceixe e Burgau, é a mais bonita e bem preservada zona costeira do sul da Europa.

Quando ouvimos falar nela, a sensação é a de que estamos a falar de uma espécie de um oásis, relativamente perto da confusão de Lisboa, e que conjuga o melhor dos dois mundos: campo e praia! Uma pérola guardada por gentes locais e por valores naturais surpreendentes que apaixona cada vez mais amantes da natureza e do turismo ativo e sustentável.

Fazemos parte da lista e, hoje, encerramos a rúbrica ‘3 semanas, 3 destinos’, com 20 paragens obrigatórias para os que estão a pensar aventurar-se à descoberta da Costa Vicentina, no nosso #oPortugalincrível.

Indicações a reter!
– Façam o trekking da Rota Vicentina que podem consultar aqui. Se não tiverem tempo para fazer todo, façam uma ou várias etapas;
– Explorem as praias mais escondidas e selvagens;
– Preparem a vossa viagem tendo em atenção a falta de transportes públicos regulares.

Como ir?

É possível chegar à Costa Vicentina através de autocarros diários – Rede Expresso – que partem de Lisboa, aconselháveis para quem viaja de mochila às costas. Para quem vai à aventura, sugerimos que conheçam as principais localidades de mota ou carro.

20 Paragens obrigatórias – para comer, dormir e ‘praiar’

1. A primeira paragem faz-se na praia do Pego para conhecer o Sal,  eleito o melhor bar de praia do mundo pela revista Traveler, por aqui podem comer bem num ambiente requintado q.b..

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2. Dona Bia, na Comporta: A meio caminho entre a Comporta e o Carvalhal, na estrada que liga as duas localidades e as respectivas praias, o restaurante Dona Bia aposta na cozinha tradicional. Especialidades: peixe grelhado no carvão.

Dona Bia Comporta

3. Em Agosto, as praias da Comporta, Pego e Carvalhal são muito concorridas. Vale a pena fazerem uns quilómetros e optarem pela Aberta Nova, em Melides.

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4. Já em Melides, não deixem de passar pela Tia Rosa e provar o pato assado com laranja, que acompanha com arroz de miúdos. Imperdível!

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5. A primeira sugestão de paragem para dormir é a Uva do Monte, em Melides. Uma casa de turismo rural explorada pelos mesmos responsáveis do hostel The Independente, de Lisboa.

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6. Depois de Melides, Sines. Dão um mergulho nas águas aquecidas pela central termoelétrica da praia de São Torpes. Podem pensar numa mariscada n’O Beicinho, no centro da cidade ou então num arroz de polvo de um restaurante que há logo na estrada da entrada de Porto Covo, agora não me lembro do nome, desculpem, a referência que vos dou é que é azul e branco e tem um parque de estacionamento ao lado – parece que é o Trinca Espinhas, disse-nos a Jéssica Reis nos comentários em baixo.

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7. Em Porto Covo, a passagem pela Praia da Ilha do Pessegueiro é obrigatória.

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8. Depois da Uva do Monte, em Melides, em Porto Covo vale a pena conhecerem e passarem a noite na Cabeça da Cabra. Esta antiga escola primária que é agora uma guesthouse com cinco suites de inspiração nórdica.

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9. Entre Porto Covo e Vila Nova de Milfontes, a belíssima Praia do Malhão continua a ser uma excelente opção. Este ano está com obras e o acesso não é fácil mas possível.

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10. E em Vila Nova de Milfontes, a pausa para almoço ou jantar é feita na Tasca do Celso, um restaurante  com petiscos, pratos de grelha e sobremesas imperdíveis!

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11. Dizer que a Praia do Brejo Largo é secreta implica um pouco de boa vontade, tal o número de pessoas que já a conhecem e frequentam. Ainda assim, é bem mais tranquila (e selvagem) que muitas das vizinhas. O acesso faz-se pela estrada junto ao depósito de água da Longueira. Shhh!

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12. Pode ter um aspecto exterior de café de vila mas no Josué, na Longueira, comem-se os melhores sargos da costa alentejana, além de marisco, sempre bom para petiscar ao fim da tarde. Melhor sapateira deste Verão foi aqui. Peçam ao natural.

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13. Em Almograve, à direita da praia homónima, há tabuletas que indicam o caminho para outra menos famosa: a Praia da Foz dos Ouriços. A caminhada faz-se pela duna até à descida, junto ao ribeiro que ali desagua.

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14. Outra praia que não é fácil de encontrar nem de aceder é a do Tonel, junto à Zambujeira. Mas vale a pena a visita!

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15. Outro dos templos do peixe fresco da região, no Sacas vão encontrar o próprio Sacas, um antigo pescador que ali serve o que de melhor lhe chega pela mão dos ex-colegas locais.

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16. A sul da Zambujeira do Mar encontra-se a Praia dos Alteirinhos, uma óptima alternativa para quem procura algo mais recatado. Esta é, também, uma das praias oficiais naturistas da região.

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17. Berny Ferrão, nascida em Moçambique, trouxe para S. Teotónio o ‘Paraíso Escondido’ e diz que tem aqui o seu pedaço de África no Alentejo. Pequeno almoço exótico incluído.

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18. Entre o Carvalhal e a Azenha do Mar, a Praia da Amália deve o nome à fadista, que ali tinha uma casa de verão. O acesso faz-se, precisamente, junto a essa casa, por um trilho de vegetação intensa. Já não vou há uns anos mas vi umas fotos deste ano e parece que continua a valer a pena.

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19. O Monte da Teima é outro dos refúgios da região de S. Teotónio: uma propriedade rural – animais incluídos – nascida da recuperação de um monte abandonado.

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20. Para terminar, não podem deixar de passar pelo Azenha do Mar, um dos mais concorridos restaurantes do país nesta altura. Atenção que não aceitam reservas por isso há que ir fora dos horários convencionais. Não vai ser difícil ficarem bem impressionados com a qualidade do peixe e marisco. Fica a uns kms da paragem anterior mas vale a pena ficar a conhecer um dos restaurantes mais falados da região.

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Fonte: Google; os anos de férias por aqui; Observador; a Dona Fátima do Supermercado Silva em Milfontes; a menina da pastelaria da Longueira e mais uma série de locais com que felizmente me cruzo nestes dias.